Hoje a WChic saiu em matéria exclusiva no Jornal Valor Econômico como uma das 27 novas marcas do mercado de Franquias em 2015.
Confira a matéria na íntegra:
No ano, 27 novas marcas estrearam
Por Katia Simões | Para o Valor, de São Paulo
De janeiro a junho, 27 novas marcas entraram para o mercado de franquias a fim de adquirir maior capilaridade, crescimento e contar com um modelo já formatado e testado. Um volume considerado alto para um momento de economia difícil, mas dentro da média registrada nos últimos anos pelo setor, de acordo com dados da Associação Brasileira de Franchissing (ABF). O que chama a atenção, porém, é o perfil de negócio das novas marcas, que foge dos clássicos mercados de alimentação, moda, beleza e educação. Entre as novatas estão a primeira produtora de hortifrutigranjeiros no sistema de hidroponia, uma especialista em jogos temáticos presencial e interativo, fabricantes de asfalto instantâneo, locação de banheiros públicos de luxo e até soluções para agricultura de precisão.
Fundada em 2008, na mineira de Uberlândia, a Geap Agrociências cresceu com a demanda cada vez maior por produtividade e melhoria da qualidade da agricultura nacional. “Os produtores têm investido em tecnologia e, com isso, aumentou o número de pessoas interessadas em replicar nossos processos e serviços”, afirma o sócio Estevão Parreira. Em 2012, a empresa integrou o projeto Sebrae Franquias e, em 2014 começou a franquear. A ideia é terminar 2015 com as mesmas duas unidades do início do ano para azeitar bem a engrenagem e, em 2016, investir na expansão, com a proposta de abrir dez unidades, de Minas Gerais ao Piauí, passando pela Bahia, Mato Grosso e Tocantins, onde a fila de interessados é grande.
Parreira destaca que o grande desafio de franquias que apostam em mercados pouco comuns é o de conseguir que os franqueados passem aos consumidores finais – no caso dele, os agricultores – a mesma percepção de valor e de qualidade da unidade própria. “Por isso, a seleção dos parceiros é muito criteriosa, exigindo uma formação e alto conhecimento da área de atuação, um bom nível de relacionamento com produtores rurais e credibilidade no mercado agrícola”, diz Parreira, observando que o investimento inicial é de R$ 280 mil. Em 2015, a Geap deve faturar R$ 3,5 milhões, destes R$ 1 milhão com as duas franquias.
Para Luiz Henrique Stockler, sócio-diretor da ba}Stockler Consultoria, em períodos de economia difícil a tendência é um surgimento em maior volume de novas redes, principalmente aquelas que têm como franqueados alvo profissionais saídos da universidade. “É cada vez maior o número de engenheiros, dentistas e biólogos, por exemplo, que terminam o curso superior sem ter a intenção de ingressar no mercado de trabalho, mas de tocar o próprio negócio”, afirma. “São franquias novas, que você dificilmente verá expostas em uma feira, mas que nem por isso são menos escaláveis ou rentáveis”, destaca.
De olho na expansão do conceito de jogos tanto na área educacional quanto empresarial, sem contar o viés do entretenimento, quatro empresários brasileiros decidiram trazer para o Brasil um novo modelo de negócios, nascido há pouco mais de três anos na Ásia. Trata-se do que eles batizaram de Escape60, conjunto de seis salas temáticas, que reúnem grupos entre 10 e 16 pessoas para solucionar enigmas em até 60 minutos, entre eles, recuperar uma joia rara, resgatar reféns ou escapar de uma prisão. “Percebemos que era possível oferecer uma opção de entretenimento presencial para quem se interessa por grandes desafios, mas também adaptar o jogo para treinamento empresarial, com possibilidade de avaliação das competências dos funcionários, treinamento de liderança, dinâmicas de processos de seleção e atividades de marketing”, observa o sócio José Roberto Szymonowicz.
A estruturação da franquia levou cerca de um ano e a primeira unidade foi aberta em São Paulo, em junho, com a proposta de ocupar rapidamente o mercado de entretenimento inteligente, ainda pouco explorado no país. A meta é inaugurar cem unidades nos próximos três anos, destas 30 até 2016. Cada franquia exige um investimento mínimo de R$ 350 mil, com estimativa de faturamento bruto mensal entre R$ 70 mil e R$ 220 mil, dependendo do número de salas.
Foi também de olho no mercado de entretenimento que a publicitária Paula Usier encontrou uma nova oportunidade de negócio – o aluguel de banheiros móveis de luxo para eventos como casamentos, shows, desfiles, festas, treinamentos ao ar livre e até leilão de gado. Os banheiros, que funcionam em trailers, contam com ar-condicionado, exaustor, espelho , torneiras com sensor para economia de água, gerador próprio de energia e porta bolsas e casacos.
“Nos EUA, eles são bem conhecidos, mas, mesmo assim, tivemos de desenhar um modelo que atendesse ao perfil do mercado brasileiro, ou seja, que fosse leve, de fácil transporte e tivesse economia e autonomia de atendimento de água e energia”, lembra Paula. “Investimos R$ 1 milhão na abertura do negócio, envolvendo desde a criação dos banheiros até um uma consultoria especializada em formatação de franquias. Mas valeu a pena, nossas unidades têm autonomia para atender 800 pessoas por até seis horas com muito requinte e conforto”, afirma.
A primeira franquia, wchic, com investimento inicial de R$ 300 mil, foi aberta em setembro de 2014. Hoje, já são cinco em operação e a meta é fechar 2016 com 14 unidades, atendendo a eventos em todo o país. “Cada franqueado compra pelo menos um trailer, com seis cabines, sendo uma com acessibilidade, e o contrato de exclusividade de operação em uma área com até 1 milhão de habitantes”, diz Paula. “Já temos interessados em Portugal e Uruguai, mas nosso foco nos próximos anos será mesmo o Brasil.”
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